A Reforma Tributária de 2026 muda a forma como o Brasil tributa bens e serviços e altera modelos de crédito, alíquota e logística fiscal. Isso afeta de maneira direta custos de importação, competitividade das exportações e a estratégia das empresas que atuam no comércio exterior.
O que muda para quem importa a partir de 2026?
A IBS e a CBS passam a substituir tributos antigos e criam um sistema mais simples, porém mais rígido. O impacto principal é a mudança na forma de apropriação de créditos, que passa a ser mais clara e menos sujeita a disputas estaduais.
Importadores podem enfrentar aumento de carga quando:
- a cadeia tem pouco crédito gerado internamente
- a empresa não estrutura controles para compensação imediata
- o produto perde benefício fiscal ou regime especial
Também podem ter redução de custos quando:
- a operação depende de muitos insumos com crédito amplo
- há eliminação de cumulatividade antes existente no ICMS e PIS/COFINS
- o desembaraço fica menos sujeito a regimes e interpretações regionais
O ponto central é que a formação de preço do importado será mais previsível, mas exigirá controles mais maduros.
O que muda para quem exporta?
A reforma mantém o princípio de exportação sem tributação, porém com uma diferença essencial: a devolução de créditos tende a ser mais rápida e menos burocrática.
Exportadores ganham competitividade quando:
- recebem créditos com maior velocidade
- eliminam acúmulos de ICMS típicos de cadeias longas
- conseguem reduzir o custo total de produção com créditos financeiros amplos
A competitividade internacional melhora porque o preço final pode diminuir. No entanto, setores intensivos em serviços podem ter impacto maior de carga e precisar revisar custos.
A Reforma Tributária deixa o Brasil mais competitivo no comércio exterior?
A tendência é positiva, porque o novo modelo reduz insegurança jurídica, elimina guerra fiscal e padroniza regras. Isso facilita planejamento de longo prazo para indústrias, agro, distribuidores e empresas que fazem trade internacional.
A competitividade aumenta especialmente para:
- exportadores que acumulavam créditos e tinham dificuldade de recuperar
- indústrias com cadeia complexa
- operações que dependem de previsibilidade tributária para negociar preços internacionais
O que as empresas devem fazer em 2025 para não perder vantagens?
As ações prioritárias são:
- revisar estruturas de custos para importação e exportação
- simular cenários com as novas alíquotas
- reorganizar compras e fornecedores para maximizar créditos
- ajustar contratos internacionais com base na nova composição tributária
Empresas que atuam no comércio exterior precisam se antecipar, porque o impacto é direto no preço final e nos prazos de retorno financeiro.
Conclusão
A Reforma Tributária de 2026 muda custos, margens e competitividade no comércio exterior. Importadores precisam reorganizar crédito e precificação. Exportadores ganham eficiência com devolução mais rápida e redução de cumulatividade. O momento de simular cenários e se preparar é agora.
FAQ
A reforma encarece a importação? Em alguns setores, sim. Depende da estrutura de crédito e dos benefícios atuais.
A exportação fica mais competitiva? Em geral, sim, porque o crédito acumulado tende a ser devolvido com mais agilidade.
Preciso revisar contratos e preços internacionais? Sim. As novas regras mudam a formação de custo e podem alterar margens.