Aumento do Imposto de Importação em 2026: o que muda e como empresas de Santa Catarina devem se preparar
O governo federal projetou um aumento de arrecadação de até R$ 14 bilhões com Imposto de Importação para 2026. Isso indica que o país deve passar por uma nova rodada de elevação tarifária, definida pela Camex e pelo Gecex, sem necessidade de aprovação do Congresso. Embora ainda não exista uma lista oficial dos produtos afetados, o movimento já acende alerta para empresas de Santa Catarina, um dos estados com maior participação no comércio exterior brasileiro.
Indústrias, distribuidores, importadores, atacadistas e varejistas catarinenses precisam agir agora para evitar impacto direto em custos, margens e competitividade ao longo de 2026.
O que o governo sinalizou sobre o aumento das tarifas de importação
A projeção de arrecadação apresentada no relatório do orçamento indica:
• expectativa de elevação de tarifas em setores específicos
• ajustes voltados principalmente a mercados onde há pressão por proteção da indústria nacional
• ausência de divulgação oficial das categorias que serão afetadas
• execução via comitês técnicos, permitindo mudanças rápidas ao longo de 2026
O principal recado é claro: empresas que dependem de importação não podem esperar a publicação das listas para se preparar. Quem planeja antes reduz riscos.
Por que Santa Catarina precisa prestar atenção redobrada
Santa Catarina é um dos estados com maior volume de importação per capita do país e referência nacional em:
• portos e logística
• distribuição
• indústrias que dependem de insumos importados
• polos têxteis, metalmecânicos, plásticos, alimentos e eletrodomésticos
Isso significa que qualquer aumento no Imposto de Importação afeta diretamente:
• custo de produção
• preços finais
• competitividade
• tempo de reposição
• lucro operacional
Para empresas catarinenses, planejamento tributário e estratégico não é opcional, é um fator de sobrevivência.
Impactos mais prováveis para empresas que importam
Mesmo sem anúncio detalhado, alguns efeitos já podem ser previstos:
- Custos mais altos em operações de importação: Elevações tarifárias aumentam o custo CIF e geram efeito cascata em toda a cadeia.
- Risco de queda de margem: Se o repasse não for possível, empresas absorvem o impacto e reduzem lucratividade.
- Aumento na volatilidade de preços: Tarifas somadas à oscilação cambial exigem controle rigoroso de previsão e estoque.
- Alterações estratégicas no mix de produtos: Alguns itens podem deixar de ser viáveis economicamente.
- Necessidade de reavaliar regimes aduaneiros: Drawback, entreposto, ex-tarifário e outros regimes ganham importância para mitigação de custos.
Como se preparar AGORA para evitar impacto negativo em 2026
A seguir, as ações prioritárias para empresas de Santa Catarina que importam ou dependem de produtos importados.
1)Revisar estrutura de custos por NCM
Mapear quais produtos são mais sensíveis à tarifa e simular cenários com aumento percentual.
2)Antecipar compras estratégicas
Dependendo do setor, importar antes da nova tarifa pode representar economia relevante.
3)Avaliar regimes especiais de tributação
Empresas que utilizam corretamente regimes aduaneiros sofrem menos impacto.
4)Reavaliar fornecedores
Buscar alternativas em países com acordos comerciais diferentes pode reduzir tarifa efetiva.
5)Revisar contratos logísticos e cambiais
Contratos devem prever oscilação tarifária, para evitar surpresas no desembaraço.
6)Acompanhar movimentações da Camex
As definições virão de forma setorial e escalonada, exigindo monitoramento constante.
A SCL acompanha em tempo real as mudanças tarifárias e auxilia empresas catarinenses a planejar importações com segurança, previsibilidade e margem.
Se sua empresa importa ou depende de insumos importados, entre em contato com a SCL para revisar custos, mapear riscos e estruturar um plano estratégico para 2026.